Disfunção Erétil e AVC: o mesmo sistema, sinais diferentes
Publicado em: 2025-11-05
🩸 1. Relação vascular: um mesmo sistema, diferentes manifestações
A ereção depende de um delicado equilíbrio entre fluxo sanguíneo adequado, integridade endotelial e liberação de óxido nítrico (NO) nas artérias penianas. Esses mecanismos também sustentam a saúde cerebrovascular.
Na disfunção erétil (DE) e no AVC isquêmico há, com frequência, comprometimento endotelial — geralmente associado a fatores como hipertensão, diabetes, dislipidemia e tabagismo. Estudos mostram que homens com DE têm entre 1,6 e 2 vezes mais risco de sofrer AVC nos anos seguintes, mesmo após ajuste por fatores tradicionais.
Por isso, a DE pode funcionar como um alarme precoce da aterosclerose sistêmica, manifestando-se antes de eventos maiores como infarto ou AVC.
🧩 2. Relação neurológica: lesão e desconexão central
Após um AVC — isquêmico ou hemorrágico — a DE pode surgir por danos nas vias corticoespinais, hipotalâmicas e límbicas que participam da resposta sexual. Lesões em hemisférios cerebrais dominantes ou no tronco encefálico interrompem a condução neural necessária ao estímulo erétil.
O AVC hemorrágico tende a provocar déficits eréteis mais intensos devido à maior destruição tecidual e edema. Em muitos casos, a ereção noturna e reflexa (mediada por vias sacrais) persiste, enquanto a ereção psicogênica — dependente do córtex — pode ser prejudicada.
⚖️ 3. Fatores psicogênicos e qualidade de vida
O impacto emocional pós-AVC é significativo. Até 60% dos pacientes relatam redução do desejo sexual ou dificuldades eréteis por fatores psicológicos — ansiedade, medo de recaída, depressão e perda de autonomia.
Além disso, medicamentos fundamentais no pós-AVC (antidepressivos, anti-hipertensivos, anticonvulsivantes) podem agravar a função erétil, demandando ajustes e acompanhamento multidisciplinar.
🔬 4. Abordagem diagnóstica e terapêutica integrada
A avaliação deve ser multidisciplinar: urologia, neurologia, cardiologia e psicologia trabalham em conjunto. Exames como Doppler peniano, testes hormonais e avaliação endotelial ajudam a diferenciar causas orgânicas e psicogênicas.
As opções terapêuticas incluem:
- Inibidores de fosfodiesterase tipo 5 (ex.: sildenafil), quando indicados;
- Terapias regenerativas (PRP — veja PRP), que visam melhorar a microcirculação e a reparação tecidual;
- Reabilitação neuromuscular pélvica e fisioterapia sexual;
- Acompanhamento psicológico e ajuste medicamentoso para minimizar efeitos adversos.
O objetivo é restaurar a função erétil e a autoestima, promovendo reintegração à vida íntima com segurança.
💡 Conclusão
A disfunção erétil e o AVC compartilham raízes vasculares e neurológicas. Em muitos homens, a DE funciona como um sinal silencioso de doença vascular sistêmica. Homens com DE persistente devem ser investigados de forma abrangente — não apenas como queixa sexual, mas como marcador de risco cardiovascular e cerebrovascular.
Cuide da sua saúde íntima — e do seu cérebro e coração.
Atendimento: Clínica Dr. Márcio Dantas — Av. Nove de Julho, 5624, Itaim Bibi, São Paulo/SP. Agende via WhatsApp.
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