Um estudo avaliou a precisão das estimativas visuais do tamanho do pênis entre homens cisgêneros (CM), mulheres cisgêneras (CW), homens transexuais (TM) e mulheres transexuais (TW). Descobriu-se que todos os grupos tendem a superestimar significativamente tanto o comprimento quanto a largura do pênis. No entanto, a circunferência foi subestimada por todos os grupos, exceto pelos homens transgêneros. Isso tem implicações importantes para pacientes transgêneros que consideram cirurgias de afirmação de gênero, onde a imprecisão na estimativa do tamanho do pênis pode levar a morbidade desnecessária.
Cisgênero e Transgênero
Cisgênero e transgênero são tipos de identidades de gênero, ou seja, são formas como as pessoas identificam-se.
“Cisgênero é o indivíduo que se identifica com o sexo biológico com o qual nasceu. Um exemplo de cisgênero é uma pessoa que nasceu com genitália feminina e cresceu com características físicas de “mulher”, além disso adotou padrões sociais ligados ao feminino, comumente expressados em roupas, gestos, tom de voz.
Transgênero é uma pessoa que nasceu com determinado sexo biológico, e não se identifica com o seu corpo. Um exemplo é o indivíduo que nasceu com genitália masculina, cresceu com as transformações causadas pelos hormônios masculinos, mas sua identificação é com o físico feminino.”
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Os homens transgêneros superestimaram significativamente o comprimento e a largura do pênis, o que pode afetar suas decisões cirúrgicas e levar a complicações pós-operatórias. Por exemplo, o comprimento excessivo do pênis pode resultar em desconforto e migração do órgão após a cirurgia. Por outro lado, as mulheres transgêneras superestimaram o comprimento, o que pode levá-las a escolher procedimentos cirúrgicos mais complexos para atingir uma profundidade vaginal correspondente ao tamanho do pênis percebido de seus parceiros.
Os homens cisgêneros também foram imprecisos em suas percepções do tamanho do pênis, o que pode contribuir para sua insatisfação com as dimensões do órgão. Isso pode levá-los a buscar tratamentos médicos desnecessários, como cirurgia de realce peniano.
O estudo destaca a importância de ferramentas visuais, como modelos realistas de pênis, para ajudar os pacientes a entenderem melhor o tamanho do órgão e tomar decisões cirúrgicas mais informadas. Isso pode melhorar a satisfação e segurança do paciente no pós-operatório. No entanto, o estudo apresenta algumas limitações, como o uso de modelos estáticos de pênis e a falta de representação dinâmica das variações de tamanho do órgão.
Fonte: The Journal of Sexual Medicine
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