A perda do órgão genital masculino pode causar danos psicológicos devastadores. Normalmente ocasionado por acidentes, os homens que sofrem a amputação desta região do corpo podem apresentar dificuldade para urinar, sendo necessário a realização de cirurgias.

É importante ressaltar que, além de ajudar os pacientes a urinarem, também auxiliará na autoestima do paciente, pois as funções da genitália serão restauradas, garantindo os benefícios das relações sexuais.

Uma das opções recentes para a restauração do membro perdido é por meio de transplantes de pênis. Com resultados satisfatórios, tanto na parte psicológica do paciente quanto em relação à função do órgão genital, tivemos o primeiro registro de procedimento bem-sucedido em 2014 na África do Sul.

Embora a transplantação exista, atualmente ele é realizado apenas em casos de pacientes em estados graves da perda da genitália. Confira abaixo sobre o que é, como funciona e os casos de sucesso.

O que é um transplante de um pênis?

Transplantes são procedimentos em que pacientes recebem órgãos de doadores para o tratamento de alguma doença ou reposição e reconstrução de alguma parte do corpo, no caso o pênis.

Conhecido popularmente para o tratamento de câncer de medula óssea, o tratamento também pode envolver órgãos como: rim, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino.

Apesar de poucos relatos de operações bem sucedidas, este assunto tem gerado várias dúvidas.

Qual a diferença entre um transplante e um implante peniano?

O transplante de pênis visa restaurar a funcionalidade do órgão perdido em sua totalidade. Portanto, para que isso seja possível, médicos utilizam a genitália masculina de um doador falecido.

O implante é um dispositivo artificial usado para substituir a parte do corpo que o paciente perdeu. Em geral, é realizado em indivíduos que apresentam dificuldades em ter ereções.

Como funciona o procedimento de transplante peniano?

Assim como outras cirurgias que envolvam a transplantação, o processo é parecido. O paciente precisa realizar exames para comprovar as necessidades do transplante do órgão sexual masculino.

A operação é realizada por um médico urologista ou especializado em sexualidade humana, ou seja, em genitálias.

Como dito anteriormente, o objetivo da cirurgia é restaurar a função do pênis, sendo assim a sexual e a urinária. Por esta razão, o órgão doado é costurado aos vasos sanguíneos, nervos e uretra do paciente, com auxílio de um microscópio.

É possível realizar um transplante de testículos?

Sim. Eticamente não é recomendado, pois, diferente do procedimento peniano, o de testículo trará a probabilidade de que, ao ter filhos, a criança nasça com o DNA do doador.

A transplantação em questão foi realizada utilizando o testículo do irmão gêmeo do paciente, portanto mesmo DNA. O americano de 36 anos nasceu sem as duas gônadas sexuais masculinas, precisando de suplementação hormonal para a produção de testosterona.

A cirurgia permitirá que o transplantado não necessite de suplementos para produzir o hormônio, conseguindo fazê-lo por conta própria.

Quando é recomendado a realização de um transplante de pênis?

Todos os casos atuais de pacientes que realizaram um transplante peniano são graves e envolvem a perda do órgão em acidentes.

Atualmente, este tipo de procedimento não é aprovado para situações de micropênis ou de afirmação de gênero. Porém, existem vários estudos desde a cirurgia realizada com sucesso em 2018, o que não anula a possibilidade deste processo ser realizado em outras situações além da amputação do pênis.

Conheça casos em que o procedimento foi bem-sucedido

O primeiro caso registrado de transplante de pênis aconteceu na China em 2006. O paciente que havia perdido seu órgão sexual em um acidente, estava com dificuldades para ter relações sexuais e de urinar. Embora a cirurgia tenha sido um sucesso, o pênis precisou ser retirado por rejeição psicológica.

Em 2014 na África do Sul, um jovem de 21 anos realizou o procedimento, devido à perda da genitália em uma cirurgia mal sucedida quando ele tinha apenas 18 anos. Em questão de meses, o paciente havia recuperado as funções do órgão genital, comprovando o sucesso da operação.

O último relato que temos referente a cirurgias com transplantação aconteceu em 2018 em um veterano militar dos Estados Unidos. Após pisar em um dispositivo explosivo no Afeganistão, o jovem teve as duas pernas amputadas e perda na maior parte de sua genitália.

A operação que durou 14 horas aconteceu no Hospital Johns Hopkins. O paciente ainda tinha uma pequena parte do pênis e de sua uretra, portanto, os médicos precisaram costurar vasos sanguíneos, nervos e uretra. 

Após este processo, para que não houvesse rejeição de seu corpo ao órgão transplantado, o veterano precisou fazer uma infusão de medula óssea vinda do doador.

Por conta da transplantação bem-sucedida, o Hospital Johns Hopkins investe em pesquisa para esta área. Por enquanto, o local aprovou mais de 60 implantes para veteranos militares que perderam seus órgãos genitais em guerra.

Gostou de saber um pouco mais sobre transplante de pênis? Esperamos ter ajudado em suas dúvidas sobre o assunto. Até a próxima!

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