Nos últimos anos, a medicina sexual tem avançado em direção a soluções que não apenas aliviem sintomas, mas que ajam nas causas profundas da disfunção erétil (DE). Em vez de depender exclusivamente de medicamentos como o sildenafil (Viagra®), muitos homens estão buscando abordagens regenerativas — especialmente a terapia com plasma rico em plaquetas (PRP) e a terapia por ondas de choque de baixa intensidade (LiSWT).

Um novo estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine (maio de 2025) investigou os efeitos sinérgicos dessas duas terapias combinadas. A seguir, vamos entender os principais achados e o que isso representa para o futuro do tratamento da disfunção erétil.

O que foi estudado?

Os pesquisadores dividiram 50 homens com disfunção erétil em dois grupos:

  • Grupo 1 (G1): Tratado com 6 sessões de terapia por ondas de choque (LiSWT), aplicadas em diferentes regiões do pênis.

  • Grupo 2 (G2): Recebeu o mesmo protocolo de ondas de choque, mas com a adição de injeções de PRP na sessão final.

O PRP foi preparado a partir do próprio sangue do paciente e aplicado diretamente nos corpos cavernosos do pênis. O acompanhamento foi feito com base no índice IIEF-5, um questionário validado que avalia a função erétil, em três momentos: início do tratamento, após 3 e 6 meses.

Principais resultados

✅ Ambos os grupos melhoraram significativamente sua função erétil após 3 e 6 meses.
✅ Não houve diferença estatística relevante entre os grupos.
✅ O uso de PRP foi seguro, com apenas três casos de hematomas leves.
✅ A combinação das terapias foi bem tolerada, e nenhum evento adverso grave foi registrado.

O que isso significa na prática?

Apesar de o estudo não demonstrar superioridade estatística do uso combinado em relação ao uso isolado de LiSWT, os dois tratamentos mostraram eficácia. Isso reforça que tanto a terapia com ondas de choque quanto o PRP são ferramentas promissoras para a regeneração peniana, com potencial para restaurar a saúde vascular e a funcionalidade erétil de forma natural.

Essa é uma mudança de paradigma importante: tratamos a causa, não apenas o sintoma.

Abordagem ética e responsável

É fundamental destacar que, embora animadores, esses resultados ainda pedem mais estudos de longo prazo, com amostras maiores, para definir protocolos ideais, periodicidade das aplicações e perfis de pacientes com maior benefício.

Tanto médicos quanto pacientes devem manter uma abordagem informada e realista. A medicina sexual regenerativa é uma fronteira promissora, mas deve sempre ser conduzida com critérios científicos e respaldo ético.

Sugestões para aprofundar o tema

Para quem deseja se aprofundar mais nesse universo de terapias regenerativas para disfunção erétil, vale conferir:

  1. Guidelines da ISSM (International Society for Sexual Medicine) sobre terapias emergentes para DE.

  2. Estudos publicados por Ramasamy et al., que exploram o uso do PRP e ondas de choque.

  3. Revisões sistemáticas disponíveis no PubMed sobre PRP e LiSWT.

  4. Entrevistas e webinars com urologistas especialistas em medicina regenerativa e sexualidade masculina.

  5. Participação em congressos como o Congresso Paulista de Urologia ou o Congresso da ISSM.

Conclusão

A combinação de PRP e terapia por ondas de choque representa um novo capítulo no tratamento da disfunção erétil. Mais do que recuperar ereções, essas terapias buscam regenerar a saúde peniana de forma duradoura, com menos dependência de medicamentos.

Se você ou alguém próximo enfrenta dificuldades com a função erétil, procure orientação com um especialista em medicina sexual. A ciência está evoluindo — e seu bem-estar sexual pode evoluir junto com ela.

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