Antes de entender a relação entre a glande (“cabeça do pênis”) e o que causa a Ejaculação Precoce e como tratar o problema, é necessário compreender qual a diferença entre ela e a ejaculação rápida.

Como já diz o nome, a ejaculação rápida acontece quando o indivíduo deseja ejacular rápido e isso ocorre por vontade própria, não influenciando na satisfação da(o) parceira(o) ou na própria autoestima. Já a ejaculação precoce, ocorre involuntariamente e interfere diretamente no emocional da pessoa que enfrenta o problema e traz insatisfação para a(o) parceira(o) deste indivíduo.

Os problemas com a ejaculação começam logo na adolescência, quando o indivíduo jovem não consegue manter uma ereção duradoura e, como defesa, acaba ejaculando de forma precoce. Com o passar do tempo, a tendência é que a situação piore, levando a uma frequente decepção e danos na vida sexual, satisfação pessoal e autoestima.

Perfil comportamental da pessoa com ejaculação precoce

Geralmente, o perfil comportamental do indivíduo que sofre com a ejaculação precoce é cercado de problemas emocionais, um alto nível de ansiedade e até mesmo depressão, porém, é comum que nenhum desses problemas tenha sido diagnosticado e tratado.

Causas da ejaculação precoce

As causas são multifatoriais e ela pode ser ocasionada por hipersensibilidade, fatores comportamentais, sentidos mais apurados (olfato, audição, visão e tato), que acabam estimulando o cérebro e levando à ejaculação precoce, e a influência de fatores externos, causadores da ansiedade pelo ato sexual.

Também dentre as causas, estão os fatores de hipersensibilidade (grande sensibilidade) na glande, em alguns casos relacionado a presença de prepúcio (pele que recobre a glande e é responsável pela fimose). O prepúcio aumenta os corpúsculos sensitivos da glande, elevando a sensibilidade e fazendo com que o cérebro seja hiperestimulado e a ejaculação precoce aconteça. Para esses casos, temos a cirurgia da correção da fimose (postectomia), que reduz a sensibilidade da glande entre 10 a 15%.

Outras causas:

– Inervação do pênis;

– Frequência em ter relação sexual;

– Poucas ereções: o indivíduo que tem poucas ereções não está treinado para saber lidar com todo esse mecanismo, ou sabe como e quais movimentos promovem o alongamento do tempo até ocorrer a ejaculação;

– Masturbação;

– O meio em que se vive (liberdade sexual, de expressão afetiva e corporal), ou seja, quanto mais reprimido for esse indivíduo, mais precoce poderão ser suas ejaculações.

Como sei que tenho ejaculação precoce?

Para constatar se um indivíduo sofre com ejaculação precoce, o Dr. Marcio Menezes, cirurgião vascular com mais de 38 anos de experiência na realização do aumento peniano e reconstrução genital masculina, indica a seguinte vivência:

1º passo:

Vá até um lugar calmo, ligue o time do celular, feche os olhos e se imagine durante o ato sexual, começando pela hora que a roupa é tirada e todos os detalhes que acontecem após esse momento. Feito isso, você vai parar o cronômetro assim que a ejaculação ocorrer.

2º  passo:

Com o tempo em mãos, observe quantos segundos foram no total. Em geral, o indivíduo que sofre com a ejaculação precoce acaba ejaculando após segundos do ato ser iniciado. Temos também os casos mais graves, no qual enquadram-se as pessoas que ejaculam só de tirar a roupa ou entre um e dois movimentos.

Atenção: caso a sua ejaculação não seja tão frequente, a contabilização deve ser feita analisando a quantidade dos movimentos de ir e vir antes da ejaculação acontecer.

3º passo:

Agora é o momento de levar o resultado a um médico especialista, visto que, apenas ele está capacitado para diagnosticar o problema. Essa vivência irá auxiliar tanto no diagnóstico, como na indicação do melhor tratamento.

Nos casos que seja constatada a hipersensibilidade da glande, o médico poderá pedir ainda um eletroneuromiografia do pênis, exame especializado e responsável por definir o nível dessa sensibilidade (extrema, central ou mista).

Tratamento

De forma médica, a ejaculação precoce é entendida como uma eventual permanente. O tratamento é extenso e variado, podendo ser feito com antidepressivos, pomadas anestésicas e a dessensibilização neurológica do nervo do pênis, método antigo usado para o tratamento da ejaculação precoce.

Hoje, a medicina também conta com o tratamento feito a partir do uso da substância botulínica, indicado para os casos resistentes a outros tipos de procedimentos. Ao injetar a substância botulínica, ocorre uma maior latência dos nervos, fazendo com que não aconteçam tantos estímulos e a ejaculação demore mais para acontecer.

Embora exista, o tratamento cirúrgico é recomendado apenas em último caso, quando nenhum dos outros métodos obtiveram sucesso ou em situações específicas, onde fica claro a hipersensibilidade.

Dificuldade no tratamento

A grande dificuldade é que o tratamento contra ejaculação precoce trata-se de um processo de longo período e muitas pessoas têm dificuldade de mantê-lo por muito tempo, não conseguindo obter nenhum resultado por causa do abandono. Outro problema, está na constante mudança de profissional e consultório, ou seja, esses indivíduos não concluem nenhum tratamento e acabam sem ter o acompanhamento correto do caso.

Ejaculação precoce é genético?

Atualmente, alguns pesquisadores começaram a pensar e pesquisar sobre qual é a ligação da genética e a ejaculação precoce. Os estudos ainda não foram concluídos, mas, até o momento, os resultados mostram que existe uma causa genética influenciando a ejaculação precoce. O assunto ganhou mais notoriedade em 2022, ao ser falado sobre ele durante o Congresso da Sociedade de Medicina Sexual Norte Americana, em Miami.

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Você não precisa sofrer com esse problema a vida toda! Nós podemos ajudá-lo. O Dr. Marcio Menezes, pode tirar as suas dúvidas em consulta médica com o diagnóstico e tratamento mais acertado para o seu caso.

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Fonte:
Informações retiradas da entrevista com o Dr. Marcio Menezes.

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